Viana do Castelo




Video de apresentação do nosso distrito


Patricia Silva


"Havemos de ir a Viana", musica imortalizada por Amalia Rodrigues, que fala do amor por Viana do Castelo
José Passos






 Paredes de Coura 


      Paredes de Coura é uma Vila de Viana do Castelo, da região do Minho com ceca de 1500 habitantes. Ésede de um municipio de 9198 habitantes subdivididos em 21 freguesias. O municipio de Paredes de Coura é limitado a Norte por Valença e Monção, a leste por Arcos de Valdezes, a sul por Ponte de Lima e a oeste por Vila Nova de Cerveira. Ponto mais alto do concelho é o Como do Bico com 883 metros de altitude na freguesia com o mesmo nome.
      O património de Paredes de Coura é multifacetado e muito rico. Tem uma variedade deslumbrante no património natural e paisagístico (moldado pela intervençao do homem, agricultor e pastor). No que diz respeito ao patrimonio religioso é marcado pelas procura da funcionalidade e acentuação da ruralidade religiosa através dos cruzeiros, alminhas, capelas, igrejas e pinturas inspiradas na fé e nas crenças. Possuindo assim um vasto património, como, Natural, Arqueológico, e Etnográfico, Civil e Religioso. 
      Paredes de Coura possuí tambem um festival de musica bastante conhecido no País, o Festival de Paredes de Coura. É um festival de musica de verão que ocorre nos meses de Julho e Agosto na praia Fluvial do Tabuão. A primeira edição foi em 1993 e ao longo dos anos tem vindo a evoluir, sendo ate considerado um dos melhores festivais realizados em territorio nacional (em 2005 foi considerado um dos melhor cinco festivais de Verão da Europa pela revista Rolling Stone espanhola). Nem so de musia se faz um festival, e este não é excepção, com um fanbtastico ambiente, um extenso relvado, um maravilhoso rio já mais desocupado pelos festivaleiros, um enorme parque de campismo e um palco de ‘Jazz na Relva’. Para muitos considerado, o Paraíso.




 Carolina Vieira Neves


Melgaço





Localizada no Extremo Noroeste do País, no Alto Minho, Melgaço é uma vila, sede do concelho mais a norte de Portugal, inserida numa região montanhosa, banhada pelo Rio Minho, que desde cedo toldou o estilo de vida das populações, que com ele têm uma estreita ligação. 

A ocupação humana da região é muito antiga, encontrando-se diversos monumentos megalíticos pelo município, cujo exemplo mais significativo encontra-se talvez em Castro Laboreiro, onde foram descobertos várias marcas dos povos primitivos que aqui habitaram durante diferentes épocas.

Situada na fronteira Espanhola, Melgaço sempre representou um papel defensivo estratégico, sendo palco de vários acontecimentos históricos ao longo dos séculos, tendo a actual localidade formado-se ao redor do seu Castelo, que ainda hoje se mantém sobranceiro à vila.
É uma região verdejante, tipicamente Minhota, de forte e fértil vegetação, onde se fabrica uma das mais sublimes castas de Vinho verde, o famoso Alvarinho. Melgaço orgulha-se do seu bonito património histórico, cultural e arquitectónico, inserido no maravilhoso Parque Nacional da Peneda-Gerês. 

Diversas casas senhoriais e brasonadas e pequenos palacetes enriquecem esta paisagem minhota, por entre outros monumentos de destaque, como as Capelas de Nossa Senhora da Orada e de São Julião com o seu belo cruzeiro.

Usufruindo dos excelentes recursos naturais da região, encontram-se as Termas de Melgaço, ou Termas do Peso, munidas de diversas estruturas de apoio, cujas indicações terapêuticas vão desde afecções das vias respiratórias, afecções reumáticas e músculo-esqueléticas a diabetes.
 
Nas redondezas importa não perder o Mosteiro de Fiães e a Igreja de Paderne, todos em estilo românico, marcado pela lenta passagem do tempo. 


Melgaço é um roteiro obrigatório para apreciadores e especialistas gastronómicos, já que aqui sobrevivem usos e costumes que conferem aos produtos locais características de requintado e irresistível sabor. 
Por isso mesmo são muitos os turistas que se deslocam ao concelho para poderem apreciar os sabores únicos da gastronomia local.

A tecelagem em Linho, a tecelagem em Lã (mantas e tapetes), as alfaias agrícolas e os canastros constituem alguns dos artigos que fazem parte da história secular do concelho.
Os bordados em panos, toalhas, corredores são bonitos e diversificados, sóbrios uns, mais garridos outros e, ao apreciá-los, temos a sensação de estarmos perante obra que pertenceu a antepassado de classe nobre. São confeccionados sobre linho antigo e os motivos que aplica, no mesmo tom ou coloridos, representam motivos reais-coroas por exemplo - ou outros de cariz popular.
Destacam-se, os afamados trajes típicos deste concelho, um deles, veste a figura tradicional feminina da aldeia serrana de Castro Laboreiro- a Castreja -, simbolizando, em suas vestes negras, o luto, a saudade, o respeito manifestado por aqueles que partiam: maridos, namorados e filhos. Ainda hoje este traje é usado.
Outro traje característico é o da "Inês Negra", figura lendária e histórica de Melgaço, que deu nome à toponímia da antiga vila e que corajosamente tomou a praça forte de Melgaço aos castelhanos, lutando corpo a corpo com a traidora à pátria portuguesa, conhecida por "arrenegada".


Música, dança, cinema, folclore, exposições, turismo, literatura, gastronomia, animação de rua e fogo de artifício vão estar presentes na Festa da Cultura de Melgaço.
Tal como nas edições anteriores, as iniciativas culturais promovidas tem o objectivo de criar novos hábitos no público, de criar novos públicos para a cultura e dar a conhecer o património e a cultura de forma lúdica.



Anualmente, o São João é celebrado no concelho com marchas, muita luz e as cores tipicas desta quadra.
Este ano as marchas voltaram a desfilar pelas ruas, sendo que a apoteose da festa decorreu no Largo Hermenegildo Solheiro, onde os marchantes exibiram as suas coreografias, perante o olhar curioso e, simultaneamente, entusiasmado de centenas de pessoas.
Novamente os grupos de Roussas e da Vila trajaram a rigor e mostraram que, com trabalho e persistência, é possível ombrear com muito do que de melhor se pode ver nesta quadra.


Andreia Silva

Monção

     Monção é uma vila de Viana do Castelo, da regiao do Minho com cerca de 2500 habitantes. É sede de um municipio de 19 230 habitantes subdividido em 33 freguesias. O municipio de Monção é limitado a norte por Espanha, a leste por Melgaço, a sul por Arcos de Valdevez a sudoeste por Paredes de Coura e a oeste por Valença.
     O ponto mais alto do concelho é na freguesia de Riba do Douro, com 1114 metros de altitude o alto de S. Antonio de Vale dos Poldros. Como Património edificado em Monção, existem o Castro de São Caetano,  Castelo de Monção, Palácio da Brejoeira, Igreja de Valadares, Igreja de Longos Vales, Igreja de Ceivães, Termas de Monção, Torre de Lapela e  Ponte da Barbita.

                                                                                        Carolina Vieira Neves

Ponte de Lima



É caracterizada pela sua arquitectura medieval e pela área envolvente, banhada pelo Rio Lima . Localidade muito importante desde a era Romana, possuiu um Palácio da Corte do Reino de Leão, documentado por achados arqueológicos e outros documentos escritos.
Recebeu foral de Dona Teresa em 4 de Março de 1125, sendo a vila mais antiga de Portugal.
Em pleno coração do Vale do Lima, a beleza castiça e peculiar da vila mais antiga de Portugal esconde raízes profundas e lendas ancestrais. Foi a Rainha D. Teresa quem, na longínqua data de 4 de Março de 1125, outorgou carta de foral à vila, referindo-se à mesma como Terra de Ponte. Anos mais tarde, já no século XIV, D. Pedro I, atendendo à posição geo-estratégica de Ponte de Lima, mandou muralhá-la, pelo que o resultado final foi o de um burgo medieval cercado de muralhas e nove torres, das quais ainda restam duas, vários vestígios das restantes e de toda a estrutura defensiva de então, fazendo-se o acesso à vila através de seis portas.
A ponte, que deu nome a esta nobre terra, adquiriu sempre uma importância de grande significado em todo o Alto Minho, atendendo a ser a única passagem segura do Rio Lima, em toda a sua extensão, até aos finais da Idade Média. A primitiva foi construída pelos romanos, da qual ainda resta um troço significativo na margem direita do Lima, sendo a medieval um marco notável da arquitectura, havendo muito poucos exemplos que se lhe comparem na altivez, beleza e equilíbrio do seu todo. Referência obrigatória em roteiros, guias e mapas, muitos deles antigos, que descrevem a passagem por ela de milhares de peregrinos que demandavam a Santiago de Compostela e que ainda nos dias de hoje a transpõem com a mesma finalidade.
A partir do século XVIII a expansão urbana surge e com ela o início da destruição da muralha que abraçava a vila. Começa a prosperar, por todo o concelho de Ponte de Lima, a opulência das casas senhoriais que a nobreza da época se encarregou de disseminar. Ao longo dos tempos, Ponte de Lima foi, assim, somando à sua beleza natural magníficas fachadas góticas, maneiristas, barrocas, neoclássicas e oitocentistas.

José Passos





Santuário de Santa Luzia

    Santuário de Santa Luzia, (também referido como Santuário do Monte de Santa LuziaBasílica de Santa LuziaTemplo de Santa Luzia ou Templo do Sagrado Coração de Jesus) está localizado no alto do monte de Santa Luzia em Santa Maria Maior, no distrito de Viana do Castelo.  É um dos ‘ex libris’ da cidade, tem uma vista incomparável sobre a região (panorama que abrange uma vista para o mar, para o rio Lima para o vale e montanhas envolventes, considerado um dos melhores do mundo segundo National Geographic.
     A obra é projecto do arquitecto Miguel  Ventura Terra e foi construído entre 1903 e 1943. Desde 1923 o santuário de Santa Luzia é servido pelo elevador de Santa Luzia. O templo tem por estilos dominantes o Romano/Bizantino e o Eclético. O templo apresenta planta em forma de cruz grega. Os elementos decorativos são os vitrais das rosáceas que foram executados por Ricardo Leone, o fresco que reprensenta a Via sacra e Ascenção de Cristo é da autoria de M. Pereira da Silva, os dois querubins no altar-mor executados em mármore por Leopoldo de Almeida e pela estatua do Sagrado Coração de Jesus, em bronze realizada pelo escultor Aleixo Queirós Ribeiro. O carrilhão é composto por 26 sinos.


Carolina Vieira Neves




Museu de Arte e Arqueologia de Viana do Castelo

Marcado por um intenso dramatismo, pela exuberância dos elementos decorativos, por um estilo grandioso e monumental e também pelos contrastes, o barroco é um estilo de arte que marcou a arquitetura portuguesa, o mobiliário, a pintura entre outras manifestações artísticas. O Palacete dos Barbosa Maciel alberga muitas obras de estilo barroco. O convite vai no sentido de identificar as linhas barrocas e interpretá-las no seu contexto sócio - económico. Por proposta do Presidente da Câmara Municipal, Major Luís Andrade e Sousa, decide-se criar o Museu em Maio de 1888.
Em Julho de 1921 a Câmara Municipal de Viana do Castelo adquiriu o Palacete dos Barbosa Maciel para aí instalar o museu, sendo inaugurado em Agosto de 1923. Em 2002, o Museu Municipal de Viana do Castelo é certificado pelo Instituto Português de Museus e passou a integrar a Rede Portuguesa de Museus. O Museu, reconstitui, no 1.º andar, parte do ambiente do palacete do séc. XVIII, com sala de visitas, sala de estar, quarto, capela e sala de jantar, apresentando nos restantes espaços as valiosas coleções de:

Mobiliário indo-português: onde se destacam valiosos espécimes de mesas e contadores com embutidos em teca, ébano e marfim do século XVII;
Mobiliário português: nos estilos de D. João V, D. José I e D. Maria I. dos séculos XVIII e XIX;

Faiança: merecendo especial relevo as coleções de louça de Viana do século XVIII ao XIX proveniente da fábrica de Darque - Viana (1774-1855); a louça azul, do século XVII e XVIII proveniente das olarias Lisboa e Coimbra e ainda louça do período pós-pombalino, produzidas nas fábricas do Porto e Gaia - Massarelos (1738); Cavaquinho, Rocha Soares (1775); Fervença (1824); Bandeira (1835); Afurada, Santo António de Vale da Piedade (1785);

Pintura e desenhos: obras representativas das escolas portuguesas e espanholas dos séculos XVI ao século XIX, de temática religiosa. Desenhos de Domingos Sequeira, Vieira Lusitano, Vieira Portuense, Carolino Ramos, Pedro Alexandrino, Soares dos Reis, João Glama Strebel, Airylo Wolkmar Machado, Augusto Roquemont, António Alves, Gorge Loukomsky, João António Correia e Francisco José Resende Do século XX, pinturas e desenhos de Carolino Ramos, António Alves e Gorge Loukomsky;
Os alizares de azulejos: painéis de azulejos em azul e branco, dispostos em rodapé, atribuídos ao mestre Valentim de Almeida. Abordam a temática dos descobrimentos, representando, alegoricamente os quatro continentes: Europa, América, África e Ásia; cenas de caça e vida palaciana.
Os azulejos da capela preenchem três paredes, representam cenas evangélicas e estão assinados por Policarpo de Oliveira Bernardes (1695-1778). O retábulo da Capela é um exemplar da 1ª metade do século XVIII, inscreve-se na corrente do barroco nacional, entalhado em madeira de castanho sem qualquer policromia ou dourado;
Arqueologia: inclui núcleo histórico, epigráfico e heráldico da região; cerâmica castreja, objectos de bronze; machados de talão, pontas de lança e outros objectos do período romano e medieval.

O edificio foi e
ncomendado pelo Cónego António Felgueiras Lima para sua residência foi também destinado às vilegiaturas do Arcebispo D. Rodrigo Moura Teles. Em 1730, morreu o fundador e, nesse mesmo ano foi adquirido por João Barbosa Teixeira Maciel.


José Passos e Patricia Silva






Viana do Castelo é conhecida pelas suas belíssimas praias, tais como, Praia de Moledo em Caminha, Praia da Arda em Afife, Praia de Vila Praia de Âncora em Caminha, Praia de Carreço em Viana do Castelo, Praia da Amorosa em Viana do Castelo, Praia do Cabedelo em Viana do Castelo,  Praia de Castelo de Neiva em Viana do Castelo e Praia de Paçô em Viana do Castelo.


Carolina Vieira Neves




O Lagarto de Lamas de Mouro

Reza a lenda que, "antigamente, existia um lagarto que afligia toda a população das imediações de Lamas de Mouro. O enorme réptil encontrava-se no caminho que levava à Senhora da Peneda, e todos que por ali passavam eram engolidos pelo seu apetite voraz. Todos os anos, pastores, perdigueiros e romeiros eram vítimas do feroz lagarto.
Ora li perto, no coto da meadinha, morava uma mulher, que passava os tempos a fiar na roca. Num certo dia, esta senhora durante a sua caminhada passou perto do lagarto. Ao ver a figura que se aproximava, o terrível réptil pôs-se pronto a devora-la. Mas sem que ninguém esperasse a mulher arrancou da cintura uma arma de defesa, que não era outra coisa senão a sua roca! Com extraordinária destreza desferiu um poderoso golpe no réptil, transformando-o em pedra!"



 Crê-se que a mulher era Nossa Senhora, e a prova do seu feito pode ainda hoje ser vista no lugar dito de Portela do Lagarto”, nome que advém da forma rochosa do penhasco que se assemelha ao repugnante réptil.                                                                                                                                    
Pedro Faustino
Rio Lima - O Rio do Esquecimento


A ligação desta terra ao rio que lhe deu parte do seu nome é muito forte e, ainda nos dias de hoje, temos que reconhecer essa mais valia que é também um ponto marcante dos sectores turístico e ambiental.
Denominado pelos romanos de Lethes - o Rio do Esquecimento (acreditavam que quem o atravessasse perderia para sempre a memória do passado. A mitologia e geografia cruzaram-se num momento histórico, em 138 a.C., quando o general Romano Decimus Junius Brutus dispõe-se a derrubar o mito, já que o rio impedia a progressão da sua campanha militar na região. Atravessou o Lima só e, da outra margem, chamou os seus soldados, um por um, pelos seus nomes. Os seus soldados, espantados pelo facto do seu general manter a memória, atravessaram então o rio, sem medo,


                                                                                                                  José Passos
   Tradição do Ouro

O texto seguinte retirado do site do Museu do Ouro, traduz a importância do ouro para a mulher de Viana.

“Os ouros no peito da minhota não são apenas um enfeite ou uma vaidade - são o seu melhor símbolo de riqueza. É um esplendor, porque “o peito da minhota é um céu estrelado”. De tal modo assim é que D. António da Costa, em “No Minho”, afirma: “Pode falar-se em inscrições, em acções de bancos, em emprestar dinheiro a juros, em enterrá-lo no quintal, que tudo isso é falar-lhe grego. O coração da minhota adora o seu namorado; a imaginação da minhota, sonha com o seu ouro.
 
Ir ao notário a fim de legalizar um determinado negócio, muito especialmente na venda duma propriedade, obriga a que as mulheres das partes se apresentem ouradas com um certo exagero - não muito. Isto para demonstrarem à sociedade que, se vendem, não é por necessidade financeira - mas sim porque surgiu uma óptima oportunidade de venda; assim mostram também que quem comprou não foi obrigado a desfazer-se do seu ouro. Ir à feira transaccionar os produtos da sua lavra – uns ovos, umas aves, um quarto de feijão (repartido por duas sacas, em meios quartos , para maior facilidade de venda) meia raza ou uma raza de batatas , uma talha de unto ou toucinho, uns chouriços e sei lá que mais! – não se pode deixar de se ter isso como trabalho , mas trabalho diferente e em que a boa aparência é importante , inclusive para melhor “correntio” do negócio.

Não duvidem: a “boa área” que a destingue da “cabaneira” (pobretona) concorre para melhor aceitação do que se vende... Não se ouve tantas vezes? – “comprei porque, pelo ar da lavradeira , vi que era coisa de confiança!” O “ar” de quem vendia avaliava-se pelas roupas e sua limpeza, bem como pelo ouro que ostentava. Se pouco, dava aspecto de “pobretona”; se exagerado, poderia ela ser tida como “alevantada”. Tudo na sua medida certa.”

Colares de Contas
As peças de ouro popular com antepassados mais longínquos são as contas. Nas civilizações muito antigas e primitivas, em que se desconhecia a tecnologia do metal, usavam-se os colares com as mais variadas pedras e pérolas - estas, não tanto pela sua beleza, mas pela forma esférica. Posteriormente, irão aparecer contas maciças dos mais variados metais. A mais antiga conta em ouro maciço encontrada em território português data do 3º milénio a. C. e foi descoberta na zona de Sintra. As actuais contas de Viana - ocas, e que antigamente ainda eram bem mais leves - são descendentes directas das gregas, fenícias, romanas e etruscas, sendo estas últimas as que mais se assemelham às de agora. A granulação ou polvilhado e a filigranação envolvente não passavam dum mero adorno, pois o que sempre prevaleceu foi a sua forma esférica e arredondada. Esta forma é encontrada, para além das contas, nos brincos parolos ou de chapola. O colar de contas era adquirido pela mulher de Viana antes do tão desejado cordão. Era muitas vezes comprado conta a conta à custa das poucas economias dessas jovens, em geral provenientes da venda de ovos ou do comércio de frangos. As contas usavam-se em número variável, consoante a localidade, mas nunca, como agora, a rodear completamente o pescoço. As contas iam só até ao meio do pescoço ligadas por um fio de correr. Podia aumentar ou diminuir-se o colar consoante a necessidade, e este terminava na parte de trás com um “pompom”. O fio era feito manualmente, em algodão, e poderia ser vermelho, amarelo ou azul. Os “pompons” eram das mesmas cores ou com fios mesclados. O colar de contas raramente era usado sem uma “pendureza”, normalmente uma borboleta, uma cruz de canovão raiada com resplendor de filigrana ou uma custódia. As contas poderiam ter várias formas:



Contas de Viana , com forma esférica, círculos de filigrana e um granito ao centro - eram estas as mais usuais.
 
Colar de Pipo, com forma oval e com estrias em forma de mola.
Brasileiras, eram muito procuradas pela nossa emigração brasileira nos anos 20 do séc. passado, daí a designação.




Brincos
Nada mais significativo de miséria do que não ver brincos a pender das orelhas. Quem desculparia ver uma mulher de antigamente, por mais humilde que fosse, desprovida de arrecadas?! Sem a mais ligeira contemplação o povo considerava-a uma “mulher fanada”! Para melhor se julgar quão desprestigiante era a falta de brincos, basta dizer que aos Santos se prometia andar sem eles – e, como prova do sacrifício, era coisa de se ter em conta muito especial. Não tenham dúvidas que constituía verdadeiro tormento passar por fanada um, dois três meses, um ano até! E por isso se comentava: ‘Em que estado de angústia se teria achado para tal prometer!’ Realmente, esse tipo de promessa era tido como acto verdadeiramente estóico! Era muito raro deixar o par no ourives, pois tinha que ser iludida a impiedade das más línguas. Assim, servia-se do falso pretexto da orelha ferida – aquela que estava desguarnecida do brinco, claro! Para melhor representar, ou antes, para melhor convencer, besuntava com unguento ou caiava com alvaiade o competente lóbulo!
 
Arrecadas de Viana, ambém designadas por argolas filigranadas, de “bambolina” ou de “pelicano” - esta referências dizem respeito ao quarto crescente móvel, daí estas duas últimas designações serem populares. São as herdeiras das arrecadas Castrejas que se metamorfosearam até aos nossos dias mas que se mantêm na sua essência, com pequenas alterações. Trata-se de um dos poucos casos de ourivesaria em que as classes privilegiadas imitaram peças da ourivesaria popular. Actualmente são de forma circular, com a lúnula na “bambolina” ou “pelicano”, “SS” filigranados e triângulo invertido como remate. São feitas com filigrana aberta, poderão levar uma conta de Viana no encaixe do fecho ou a toda a volta (normalmente cinco).
As arrecadas mais “fidalgas” são de filigrana mais fina e apertada. Têm por vezes algumas pedras preciosas à mistura, sem “pelicano”.

Botões
Ofertava-lhos a madrinha de baptismo, à qual competia dar a mortalha se a menina viesse a “tornar-se anjinho do Senhor”! Por isso - mau grado – se a criancinha morresse vendiam-se os botões para ajudar o custeio do vestido que “levaria para o céu”! Se tal fatalidade não ocorresse, então, à medida que o crescimento dela se ia verificando, os “botões” ou “botõezinhos”, iam sendo trocados pela madrinha, de sorte que, já mulherzinha, a afilhada se tornaria dona dos tão almejados “brincos à rainha”.

Brincos à rainha ou à Vianense 
À moda da rainha, de mulher fidalga ou burguesa rica. São brincos muito elegantes e, ao contrário das arrecadas, são cópias adaptadas dos brincos e laças que apareceram em Portugal no reinado de D. Maria I.


Simplificaram-se as formas, poupando-se bastante mão de obra. Tiraram-se os diamantes, a prata (muitas dessas jóias eram em prata forrada a ouro). No local dos diamantes os ourives colocaram umas saliências em ouro facetado, (simulando essas pedras), colocando-lhe uma parte móvel a exemplo das arrecadas e acrescentando a lua, a forma arredondada, o triângulo como remate e os “SS”. São constituídos por três partes móveis, sendo o fecho de gancho por trás. Aparece a meio uma pequena argola, que é a reminiscência do suporte dum gancho supra auricular, para quando eram demasiado pesados. São conhecidos em certas aldeias por brincos “picadinhos” ou de princesa.
Brincos à Rei
São muito parecidos com os anteriores, mas mais elegantes, compostos por uma parte superior, uma parte média em forma de laço (herdeira da laça ou laçada) e uma parte terminal. - não aparece aquela parte móvel que se encontra ao centro duma das partes dos brincos à rainha. A designação não significa que eram usados pelos reis, ou fidalgos, mas para se destinguir dos brincos à rainha.
Brincos com pedras
 Normalmente apresentam pedras azuis ou vermelhas, são curtos ou compridos, com uma pequena franja, onde balançam uns “penduricalhos”. Fazem conjunto com colares, tão em voga nos anos 40, mas que ainda se continuam a usar.
 
Custódias
 Assim designadas por, na parte central, existir uma peça que sugere o expositor do Santíssimo. São também chamadas relicários “relicairos”, “lábias” e “brasileiras”. Jóias feitas em filigrana um pouco aberta e não muito apurada (as mais populares), embora agora estejam a aparecer, feitas em Gondomar, com filigrana mais fina. Chamam-lhes “lábias”, pela semelhança com os lábios da parte superior. “Brasileiras” porque, na altura em que os homens de Castelo de Neiva emigravam para o Brasil, quando vinham a Portugal visitar a mulher ou a namorada, tinham obrigatoriamente de comprar esta peça, mesmo que fossem imensos os sacrifícios feitos para esta aquisição (muitos dos que iam para estas paragens, vinham ainda mais pobres). A custódia, era orgulhosamente exibida, na missa dominical, e à saída então o povo, perante tal exibição diria “Olha a brasileira!” - daí a peça passou a ter essa designação
 



Cruz de Malta ou “Estrela”
Cruz filigranada, guarnecida com curiosos esmaltes.




Corações Opados 
Fabricam-se em chapa muito fina e são decorados com finos fios de filigrana ou um granulado. Têm motivos de amor, florais ou religiosos. Podem ser flamejantes ou chamados duplos, por terem como que um duplo coração por cima do maior, mais não sendo que a estilização de chamas... Eram estes os mais usados pela mulher vianesa.
 

Em chapa São em tudo semelhantes às “borboletas”, mas sempre flamejantes.

Os corações de filigrana que aparecem hoje muitas vezes ao peito da vianesa não eram usados noutros tempos com tal frequência - por causa da sua grande mão - de - obra e por normalmente serem feitos em prata dourada, metal utilizado na maior parte dos que actualmente se fabricam



Colares de Gramalheira
A gramalheira (ou “gremalheira” ou “cramalheira”), sobrepondo-se e destacando-se dos demais adornos, é uma peça que, por razões económicas, não é muito popularizada - mas é de excepcional efeito. Sobretudo quando, como em muitos exemplares, o respectivo colar exibe ornatos – muitas vezes com propriedade chamados “escamas” – tendo por intermédio bem urdida malha. Liga-o na parte em que arma o seio, um “botão” em forma de meia – laranja (não ultrapassando o diâmetro de sua base o de um vulgar botão de gabardina ou sobretudo), com gomos esmaltados alternando as cores azul e branca, circundado de pedrarias de fraco custo e dele irradiando, sinteticamente, em posições opostas, duas tiras rematadas por borlas emparelhadas com lindíssimo “florão” - semelhante, no formato e tamanho, a um ovo de galinha cortado ao meio, de alto a baixo. O “florão” é obrado em ouros diferentes e enfeitado com pedras, pequenas e redondas, azuis, vermelhas e brancas, idênticas às do “botão”. Pelo seu reduzido valor são tais pedras ditas “fanfarronas” e, como facilmente se deduz, será o “florão” (medalha de gramalheira), a completar apoteoticamente tão estimada jóia.




Cordões
São fios com dois metros e vinte (podendo, neste caso, dar quatro voltas ao pescoço). Podem ser de elos redondos (como os manuais de antigamente) ou em forma de pêra. Quanto ao peso, podem ser finos (linha), grossos (soga) e ocos. O cordão era o terceiro ouro da rapariga, ocupando o primeiro os “botões” e o segundo o colar de contas.



 

Tracelim
Só depois do terceiro ou quarto cordão é que era adquirido o trancelim. Têm o mesmo comprimento dos cordões, mas os seus elos são trabalhados normalmente em filigrana não muito “apurada”.




José Passos






Os Gigantones e os Cabeçudos 

A introdução dos gigantones e cabeçudos nas festas e romarias portuguesas, foi feita através da região espanhola da Galiza, com a importação do costume, em 1893, para a Romaria d'Agonia, em Viana do Castelo. O historiador Alberto Abreu, explicou um dia que o gigantone português é originário da tradição galega, em que era permitido uma exposição de gigantones e cabeçudos junto ao túmulo de Santiago, acrescentando no seu discurso, que um vianense achou muita graça a esse acto e resolveu trazê-la para as festas de Viana do Castelo, no século XIX, quando se estava a criar o figurino da romaria. Com aproximadamente quatro metros de altura, com um peso variável entre os vinte e trinta quilos e uma enorme cabeça elaborada com pasta de papel, os Gigantones não passam de figuras humanas de grandes dimensões sustentadas por estruturas com a forma do corpo, onde o homem que o manuseia se insere, suportando o boneco apoiado nos seus ombros. Os movimentos, claro está, são dificultados por causa do peso e equilíbrio, mas procuram estabelecer um andar harmonioso, ao som do ritmo, sempre de forma formal. Dado o seu carácter brincalhão, os gigantones, segundo a tradição, assumem por vezes formas não humanas de diabos ou monstros de língua de fora. À volta dos anteriores, apresenta-se o conjunto oposto, os Cabeçudos que são representados por rapazes trajados de forma desmazelada presente nos bailados, onde dançam desequilibrados sobressaindo a enorme cabeça usada como máscara, fazendo assim a animação popular. Apresentam uma pequena corte, simplificando, um rancho de filhos que dançam, rodopiam e provocam, contagiando todos com o seu ritmo e alegria. Aparecendo sempre indissociáveis das figuras gigantes, os cabeçudos são inspirados fundamentalmente nos gnomos da floresta, designados como “génios bons”. Estas figuras já estão bem enraizadas na cultura popular portuguesa, podendo ser apreciadas em grande parte das grandes romarias espalhadas pelo Norte do País, como forma de assinalar o início das festividades tradicionais.

José Passos


Os tapetes de Sal


Em Viana do Castelo, no dia 20 de Agosto é feriado municipal. É um dia dedicado à Nossa Senhora da Agonia, padroeira dos pescadores e é vivido com intensidade por aqueles que já em alto mar sofreram com as infelicidades que a natureza lhe ofereceu. Todos os habitantes aderem á iniciativa de fazerem das ruas da Ribeira de Viana do Castelo as mais coloridas, repletas de tapetes de sal pintado, flores e utensílios de pesca que são colocados no dia anterior, mais exactamente na madrugada, antes da procissão do mar. Os tapetes são bastante característicos da região e reflectem maioritariamente ocorrências relacionadas com o mar. Esses mesmos são espalhados pelas cinco ruas da ribeira por onde passará toda a marcha. São confeccionados essencialmente por sal, tratados com pigmentação fazendo assim com que fique com diversificadas cores, utilizando também as flores verdes e várias redes de pesca como miniaturas de barcos, atingindo assim entre sete a dez toneladas desse material. Durante esta noite de trabalho e confecção dos últimos retoques dos grandes tapetes até os mais jovens se juntam para ajudarem a família e muitas pessoas se perdem nas tasquinhas da ribeira animados com concertinas e cantigas, chamando assim as atenções de vários curiosos que se juntam simplesmente para assistir. No dia seguinte, os tapetes são apreciados por um curto espaço de tempo (depois do percurso da procissão ao mar e ao rio, os andores da senhora da agonia, S. Pedro e da Nossa senhora dos Mares), desfazendo o trabalho de toda uma noite.




Patrícia Silva

Lavadeiras da Meadela

 Considerada como a Capital da etnografia e folclore português Meadela foi uma freguesia de características marcadamente rurais, e nela nasce o Grupo Folclórico das Lavradeiras da Meadela em 1934, sendo um dos grupos folclóricos mais antigos do país. O grupo continua a manter bem vivas as tradições herdadas dos seus antepassados, representando danças, cantares e músicas tradicionais relacionadas com as tarefas agrárias, como o seu próprio nome "Lavradeiras da Meadela" sugere.

  É possuidor de uma vasta e fabulosa colecção de trajes regionais, muito coloridos, variados e ricos, confeccionados artesanalmente com materiais genuínos, sendo também considerados uma riqueza do património nacional. Com os seus trajes, a alegria dos seus cantares e a vivacidade das suas danças obteve inúmeros prémios e distinções em vários países da Europa, Ásia e América, destacando - se as suas representações no festival internacional de danças tradicionais de Szeged na Hungria, cuja eleição lhe mereceu o primeiro prémio (chinela de ouro) e diploma de honra pela indumentária, e ainda o primeiro prémio pela "riqueza, fidelidade filológica e correcta transposição cénica"no vigéssimo sexto festival mundial castello de Gorizia (Itália).

    Distingue-se ainda pela sua participação em inúmeros programas de televisão em Portugal, Espanha, Holanda,URSS, Bélgica, Brasil e Itália, e pela colaboração em numerosos documentários sobre a "capital" do folclore, Viana do Castelo.
 Participa regularmente em festivais internacionais de folclore no âmbito do CIOFF (Conselho internacional de organizadores de festivais de folclore e das artes populares), sendo considerado um dos grupos mais conhecidos e famosos do folclore português. É membro efectivo da federação do folclore português e membro fundador da associação de grupos folclóricos do Alto Minho. Está ainda filiado no INATEL e inscrito no comité internacional EUROPEADE. 
Por consequente foi galardoado com a medalha de prata de Mérito do município de Viana do Castelo pelos altos serviços que tem prestado na divulgação da região 

Andreia Silva




(Por continuar...)





Artesanato em Ponte da Barca
No passado, o artesanato constituía a única forma de produção existente. Com  o desenvolvimento da produção em série e o surgimento do plástico, muitos dos ofícios tradicionais se extinguiram. Mas em Ponte da Barca ainda se praticam diversas artes, sendo possível encontrar artesãos que ainda laboram de acordo com os ensinamentos dos seus antepassados.
Desde os bordados e a tecelagem, os artesão deste concelho dedicavam-se à cestaria, confecção, cangas e cangalhos, pirotecnia. Enfim, a uma vasta lista de actividades essenciais para o quotidiano da vida das comunidades e das pessoas.


Andreia Silva
Lenços dos Namorados

"Lenços dos namorados" remonta aos séculos XVII - XVIII, quando as Senhoras bordavam para passar tempo, sendo que, ao longo dos tempos, foram sendo adaptados para as mulheres do povo.
      No início, estes lenços, faziam parte do vestuário feminino e tinham apenas uma função decorativa. Eram lenços quadrados, de linho ou algodão, bordados conforme o gosto de cada um.
       No entanto, tinham outra função: a conquista do namorado.
       Quando as raparigas chegavam a idade de casar começavam a bordar um lenço em linho ou em algodão. Depois do lenço já bordsado este era entregue ao namorado e era em confurmidade deste usar o lenço publicamente ou não que se decidia o namoro. Se o pretendente aceitasse, o lenço seria colocado ao pescoço com um nó voltado para a frente. Caso contrário o lenço voltaria para a rapariga. Caso existisse uma troca de parceiras pela parte do pretendente mesmo depois de ser aceite o namoro, o lenço voltaria para a rapariga que lho ofereceu. Os lenços representavam essencialmente o sentimento que a rapariga nutria pelo rapaz, e em alguns destes lenço não so eram retratados motivos florais e decorativos mas tambem pequenos versos que serviriam como declarações. Caracteristicos tambem pelos erros ortográficos.  Uma tradição muito curiosa e divertida.


                                                                                                            Carolina Vieira Neves

 A Louça de Viana


Viana do Castelo é para o coleccionador e amante da arte uma das mais conceituadas marcas de faiança portuguesa. A palavra Vianna, cuidadosamente escrita, figura em antigos utensílios de farmácia de cor azul e branca. Em museus e colecções, encontra-se um “V”, em cor de vinho ou amarelo, em antigos pratos bem decorados, em tinteiros, pias de água benta, vasos e muitas outras peças de uso mais ou menos requintado. A primeira fabrica data de 1774.
A cerâmica de Viana teve sempre um lugar de relevo em Portugal. Daqui saíram, no passado, faianças que, através das suas decorações, procuravam imitar porcelanas preciosas que os marinheiros portugueses tinham  importado para a Europa. Este trabalho floresceu, sobretudo com a exportação para o Brasil a partir do próprio porto de Viana..
Das várias regiões de Portugal onde se concentra desde então a indústria da cerâmica, o Norte sempre se distinguiu pela qualidade e valor artístico dos seus produtos de faiança. E o distrito de Viana do Castelo assume lugar preponderante, graças ao finíssimo caulino proveniente das abundantes barreiras de Alvarães, no concelho de Viana do castelo.
A Fábrica de Louça Regional de Viana, da Meadela (Viana do Castelo), tem-se empenhado em manter a tradição da faiança Vianense, dedicando-se à pesquisa das melhores condições de fabrico e ao aperfeiçoamento constante do trabalho artístico das peças, pintadas à mão por delicados artesãos da região, na linha dos motivos tradicionais da Louça de Viana, e a fabrica Vianagrés é também uma das principais fabricantes da louça típica de Viana, e em muito responsável pela manutenção desta arte.
Em Viana cada peça é rigorosamente pintada à mão, com um certo saber próprio, e por isso é  criada uma porcelana sem par, aquela que é trabalhada segundo inspirações que se inserem no verdadeiro sentido da tradição de faiança portuguesa e que satisfaz as maiores exigências. Cada peça é, e deverá ser, única e por isso é uma verdadeira peça de colecção.
As louças de Viana são portanto um produto típico de grande qualidade, cuja produção continua activa na região, sendo ela um grande património imaterial da região.
 José Passos






   Doçaria Tradicional

     Viana é rica tambem é doçes. E o sitio mais indicado para provar estas delicias tradicionais é na Confeitaria Natário, esta confeitaria é um autentico ícone da doçaria vianense e um  ponto de passagem obrigatório aos visitantes da terra (dizem até que quem vai a Viana tem de passar pela ‘Catedral’, assim chamam a casa Natário). Confeitaria pequena com sala de café, conhecida pelas suas famosas filas de clientes para as bolas de berlim e um pao de ló que contribuia para a amizade de Sr.Natario com o famoso escritor Jorge Amado. Desta doçaria destacam-se o pao de ló, as bolas de berlim, doçe de gema, os caramujos, os presidentes, o biscoito de Viana (apenas feito na confeitaria Natário – patente registada), destes doces quase todos são fabricados noutras casas mas diz se, porém, que em nenhuma delas existe tanta qualidade ou tradiçao como na Confeitaria Natário.

                                                                           Carolina Vieira Neves

Gastronomia de Ponte de Lima
Arroz de Sarrabulho
Em Ponte de Lima a gastronomia, suculenta e saborosa, tem o seu ex-libris no Arroz de Sarrabulho, servido com rojões de porco - um prato rico em sabores e tradição. O louro, o cravinho, a noz moscada, o sal e a pimenta temperam as carnes que, depois de cozidas e desfiadas, se juntam ao arroz. O sabor singular dos cominhos é acrescentado no fim. O porco é uma das principais bases da cozinha limiana - desde a "perna de porco à Clara Penha" às belouras, do chouriço de verde às farinhotas, o porco é o ingrediente rei.


A lampreia do Rio Lima também é muito apreciada em Ponte de Lima. Disponível desde o início de cada ano até ao final da Primavera, esta iguaria pode ser cozinhada de diversas formas, com destaque para o Arroz de Lampreia e para a Lampreia à Bordaleza.
José Passos








Casimiro Costa - Viana 
Ó Viana do castelo
Neste cantinho tão belo
Tu vieste rio acima
Para compor a natureza
Tu deste tua beleza
E a foz ao rio lima

És terra de tradições
De festas e procissões
Tu também tens o teu dia
Quando tu vais festejar
Vês a procissão ao mar
Na senhora d’Agonia


Como cidade és formosa
Até um pouco vaidosa
Tu sabes como ninguém
Que o teu povo te adora
E mesmo quem vem de fora
Acha que te fica bem

Orgulho de Vianensse
O meu ser a ti pertence
Viana minha alegria
Eu me apaixonei por ti
Desde o dia em que te vi
Aos pés de santa Luzia


Com tua gente hospitaleira
Tu Viana és festejeira
Capital do alto Minho
Eu quero continuar
Contigo feliz morar
Juntinhos neste cantinho
Patricia Silva