Bragança







Bragança é um núcleo cultural e patrimonial, repleta de bens materiais e imateriais que assumem uma importância vital no estabelecimento de uma identidade territorial: “Se a cidade é o reflexo da sociedade, não é menos verdadeiro que, por sua vez, a cidade afeiçoa a sociedade.”

Os aglomerados urbanos guardam sinais do seu passado remoto, quer na sua localização, quer nas suas estruturas e aspecto, quer, ainda, nas suas tradições. Em Bragança actuaram, desde os primórdios da história dois vectores de suma importância: a influência mediterrânea e o contributo europeu.

Castros de Bragança
Julga-se que as comunidades proto-históricas terão surgido em maior número na Terra Fria transmontana, provavelmente do final da Idade do Bronze (1000-700 a.C.). Estes povoados – castros -, eram, em geral, estruturas urbanas fortificadas e situavam-se em locais elevados e com bom alcance da paisagem envolvente, o que facilitava a sua defesa. As comunidades praticavam uma economia de subsistência. 

Julga-se que as comunidades proto-históricas terão surgido em maior número na Terra Fria transmontana, provavelmente do final da Idade do Bronze (1000-700 a.C.). Estes povoados – castros -, eram, em geral, estruturas urbanas fortificadas e situavam-se em locais elevados e com bom alcance da paisagem envolvente, o que facilitava a sua defesa. As comunidades praticavam uma economia de subsistência. 

Colonização Romana

Os romanos são também responsáveis por significativas alterações de índole administrativa, material e cultural. São inúmeros os vestígios arqueológicos que atestam a influência deste povo na região: os castros de Sacoias e o de Castro de Avelãs; lápides funerárias, moedas e material votivo; na estrada militar de Astorga, são comuns os marcos miliários que aí se encontraram; telhas e algumas moedas, uma das quais em bronze, encontradas em diversas escavações, como nas obras da Igreja de S. Francisco. Têm sido efectuadas outras escavações mais recentemente na cidade de Bragança que permitiram confirmar a presença romana nesta área. A presença dos povos suevos e visigodos veio contribuir para que se acentuasse a ruralização da economia.

Inscrições em pedra (vestígios arqueológicos)

Com efeito, supõe-se que os traços da vida pastoril e comunitária desta região se ficam a dever à ocupação destes invasores. O centeio, cereal que desempenhou um papel tão importante na economia das terras altas, foi introduzido pelos suevos. É ainda sob o domínio dos visigodos que se estruturam os grupos sociais que vão caracterizar a sociedade medieval - uma sociedade essencialmente trifuncional.

Houve, porém, um último povo invasor a quem a tradição popular atribui uma grande soma de vestígios arqueológicos: os mouros. Foram os últimos “intrusos” e o ambiente de prolongadas lutas e conflitos entre a civilização cristã e a muçulmana foi marcante.

A presença dos Mouros

Foi ao longo do lento processo da Reconquista que se presenciou um gradual germinar da nação e do estado português. Portugal e os portugueses nascem, indiscutivelmente, da simbiose entre o Norte cristão e o Sul muçulmano.
Voltando à questão da origem de Bragança e do seu topónimo, sabe-se que nos séculos XI e XII, existiu a família dos Bragançãos, provavelmente fixada em Castro de Avelãs. Diz-se que Fernão Mendes, um dos Bragançãos mais ilustres, teria raptado e casado com D. Sancha, filha de D. Henrique e D. Teresa, tendo desempenhado um papel importante na defesa desta região.


Vestígios de habitações
Desta forma, só após as invasões bárbaras surgem referências a estes topónimos. Eduardo Carvalho refere que o actual topónimo - Bragança - deriva do étimo Berge que assim significa Terra dos Montes, negando as opiniões que associam o topónimo a Brigo (rei lendário de Espanha) ou a Briga (significando cidade).   







As origens de Bragança, enquanto região, talvez se possam atribuir ao século X ou XI. As origens da povoação são mais duvidosas - como, aliás, acontece no caso de outras cidades. Tudo parece indicar que no local onde se ergue a cidade teria existido um castro, eventualmente romanizado, que poderia ser a origem do povoado. Só a realização de prospecções arqueológicas poderá fornecer pormenores que permitam datar com maior certeza a origem de Bragança.

Vista do Cstelo de Bragança


Bragança é entendida por Amorim Girão como mais uma das “cidades-fortaleza, sentinelas de fronteira, com boa posição estratégica, cujo desenvolvimento ainda relacionado com a nossa organização territorial metropolitana ou com momentos críticos da nossa independência”.

Assim, Bragança vai, a pouco e pouco, consolidando a sua posição dominante na região, do ponto de vista administrativo, militar e religioso. Em meados do século XIII Bragança conta já com quatro freguesias: Santa Maria, São Tiago, São João e São Vicente. Nesta altura, Bragança seria muito semelhante, no que se refere ao seu desenvolvimento, a outras cidades do interior.

No entanto, até ao ano de 1401, Bragança mantém-se em poder de Castela. Pouco depois, já elevada a título nobiliárquico (Casa de Bragança), é doada pelo regente D. Pedro a D. Afonso, e é concedido o título de cidade à vila de Bragança, pretendendo, assim, “estes poderosos senhores rivalizar, em títulos e privilégios, com os filhos legítimos de D. João I».


Nos séculos XIV e XV o crescimento demográfico é já mais visível, sobretudo no extramuros. Nos séculos XVI, XVII e XVIII assiste-se a um maior dinamismo e crescimento urbano - obviamente resultado da conjuntura económica, política e militar – patente na construção e/ou remodelação de todas as igrejas, conventos e casas brasonadas. 




 Muito terá contribuído a dinâmica económica relacionada com a transformação da seda - cujos produtos finais eram exportados e vendidos em todo o reino com grande fama -, além das indústrias (ruas dos Prateiros, dos Sineiros, dos Oleiros, da Alfândega, Ponte das Tenarias, das Ferrarias, etc.), mais vocacionadas para o mercado regional. 


De facto, a área urbana da cidade nos inícios do século XX era quase coincidente com a que existia nos finais de seiscentos. No numeramento de 1530, Bragança, contava com cerca de 2000 habitantes, sendo o maior aglomerado de Trás-os-Montes. No final do domínio filipino, em meados do século XVIII, a população cifrava-se à volta de 3500 pessoas e era já assumida como capital da província.
A este dinamismo e crescimento não terá sido estranha a actividade que despertou por parte dos judeus aqui sedeados, em grande número após a sua expulsão de Castela pelos Reis Católicos nos finais do século XV, estimulando o comércio e a indústria.

Mas já o século XVIII seria um século de contrastes, marcado por várias crises e tentativas de arranque no sobretudo campo industrial. No domínio agrícola as transformações encetadas iriam também contribuir para a grande crise de inícios de oitocentos, altura em que os grandes industriais abandonam a cidade. 

Se setecentos é um século de crescimento económico, sobretudo com o Marquês de Pombal - onde só a indústria bragançana da seda ocupava directamente cerca de mil operários -, é, também, na fase final deste século e inícios do seguinte que ocorre o processo de ensimesmamento, encarregando-se o século XIX de o institucionalizar e reproduzir até à actualidade.

Marquês de Pombal
Os séculos XIX e XX são marcados pela ruralidade, estagnação e crescente interioridade. No século XIX, ainda, são bem visíveis três fases na economia bragançana, essencialmente comerciais, agora sem o suporte industrial da última década de Setecentos e já totalmente dependentes.

 A resolução da crise da produção da seda nos mercados dos países industrializados abre caminho ao início do movimento de emigração, com o consequente impacte negativo na economia, agravada de imediato pela devastadora crise da filoxera e da castanha (tudo na década de 80).

Grande parte desta torrente migratória, já na transição do século, vai beneficiar da instalação do caminho-de-ferro que estimulou e acelerou a migração dos nordestinos para os grandes centros do País e para o exterior. Efectivamente, até finais do século XIX, Bragança nunca suplantou o limiar dos 6000 habitantes. De facto, a economia da região ruraliza-se e torna-se dependente dos mercados exteriores, abastecendo-os de mão-de-obra barata.


http://www.cm-braganca.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=40388
http://www.cm-braganca.pt/files/1/documentos/BragancaMuitoParaAlemFronteiras.pdf
Vicente Sampaio
                                   
| Carrazeda de Ansiães |

Fonte das Sereias
Carrazeda de Ansiães é uma vila de características rurais, sede de um concelho com 19 freguesias e com a área aproximada de 282,28km2. Pertence ao distrito de Bragança, situando-se para sudoeste deste, tendo o rio Tua até à Foz a limitá-lo para poente, e o rio Douro a Sul. Nesta, restam riquíssimos vestígios monumentais e históricos.

A população da freguesia de Carrazeda de Ansiães, dedica-se a diversas actividades. A agricultura juntamente com a pecuária tem ainda um peso considerável na economia local.


Em termos turísticos, esta vila tem alguns pontos de interesse. Como uma boa escola, pode-se visitar ou observar casas nobres, o Moinho de Vento, o Pelourinho erguido no século XVIII, a Fonte das Sereias,a Igreja Matriz de 1790, e também o Jardim ou Praça D. Lopo Vaz de Sampaio.


http://www.cm-carrazedadeansiaes.pt/?carrazeda-de-ansiaes&cod=379
Ana Basílio



| Vila Flor |

Esta vila pertencente ao distrito de Bragança, no coração da terra quente transmontana, é a capital do azeite. Rica em história, tradições, monumentos e gentes, é também a referência de uma excelente qualidade de produtos agrícolas.


Pela importância histórica, a Fonte Romana existente nesta vila, quinhentista com quatro pilares e seis colunas jónicas, foi classificada como monumento de interesse público. 



Além do património histórico e arquitectónico, pode-se encontrar também a aldeia abandonada do Gavião, ruas e bairros antigos com casas antigas de raiz rural, como também santuários e miradouros.
Ana Basílio



| Macedo de Cavaleiros |

 


Este pequeno concelho, possui a nível cultural uma oferta de programação anual, onde a Feira da Caça, vista como o maior evento cinegético da região transmontana, decorre ao mesmo tempo que a Feira do Turismo, Festejos de Carnaval, Feira de S. Pedro e o Festival Internacional de Música Tradicional. 

Por outro lado, a nível turístico, Macedo de Cavaleiros tem um notável património natural, englobando a paisagem protegida da Albufeira do Azibo, como também serras, vales e um lago derivado da construção da barragem do Azibo. Estão assim disponíveis, campos de golfe, percursos pedestres devidamente sinalizados e ciclovia.Os solares, igrejas e capelas, velhas pontes, cruzeiros, pelourinhos e fontes constituem parte do património construído, histórico e artístico.

Para a conservação ambiental deste concelho, este estabeleceu breves objectivos como a sensibilização da comunidade local para o uso racional e eficiente dos recursos naturais, desenvolvendo e promovendo programas educacionais nas escolas, como também criando associações e instituições para uma boa cultura ambiental, despertando assim o interesse por parte da população e, apostar no turismo sustentável.
Praia Fluvial do Azibo

Ana Basílio



 | Vinhais |




Após a implantação da República, Vinhais tornou-se um centro de atenções de todos os portugueses.

A nível turístico, estão disponíveis percursos pedestres onde o Caminho da Ciradelha e o Moinho do Perigo são percursos de âmbito paisagístico que se alongam pelos caminhos agrícolas da freguesia de Vinhais; já na freguesia de Pinheiro Novo, está também disponível o percurso pedestre das Fragas do Pinheiro.
A gastronomia desta vila acolhedora, tem como uma refeição típica as Casulas, os Milhos, os Cuscus, não deixando a actividade do fumeiro tão característica desta região.
Vinhais possui também festas tradicionais com características únicas no país: o Dia dos Diabos, Festa da Cabra e do Canhoto, Festa de S. Estevão e a Festa dos Rapazes e da Galhofa.
"Desde tempos muito remotos a produção principal desta freguesia e deste concelho era o vinho, como está dizendo o seu nome - Vinhais, - terra de vinhas e vinhedos... ", algures escrito pelo Abade de Miragaia, definiu muito brevemente o principal significado desta vila, pois é a este saboroso e apreciado liquido que se deve a origem do vocábulo.

Ana Basílio







| Vimioso |






O território que é hoje o concelho de Vimioso, foi aprovado a partir da Idade do Bronze. Este guarda um considerável número de sítios arqueológicos já inventariados, pois possuem características naturais.
A Casa da Cultura, na sede do concelho, foi um investimento feito por parte do município de Vimioso. Este espaço disponibiliza aos vimiosenses diversas manifestações culturais, conferências, teatros, eventos musicais e etc. As actividades culturais estendem-se também à Biblioteca Municipal, local frequentado por todos os grupos etários.
Algo de novo na gastronomia do concelho de Bragança, é o pernil cozido e lagostim, visto como uma das atracções turísticas. Não deixando de possuir praias fluviais e paisagens naturais protegidas.


Igreja Matriz de Vimioso




http://www.cm-vimioso.pt/index.htm
Ana Basílio





| Centro de Arte Contemporânea |

O Centro de Arte Contemporânea, inaugurado em Junho de 2008, tem origem no protocolo celebrado em Fevereiro de 1999 entre os municípios de Bragança e Zamora. Com uma forte aposta na cultura como factor de modernização e competitividade, o projecto foi desenhado com a perspectiva de estreitar relações culturais entre as duas cidades, tornando-as capazes de implementar o conceito de Pólo Cultural Transfronteiriço, integrando-as desse modo em roteiros nacionais e internacionais.  
O projecto ganha consistência a 26 de Fevereiro de 2001, com a assinatura do protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal de Bragança e a Fundação de Serralves. O Centro de Arte Contemporânea Graça Morais tem como missão sensibilizar e promover o conhecimento da arte contemporânea, nacional e internacional, em geral, e da obra da pintora Graça Morais, em particular. A sua dinâmica assenta num programa de exposições temporárias, colectivas e individuais, reforçado por outras iniciativas de âmbito pluridisciplinar, nomeadamente através da organização de programas pedagógicos capazes de promover, ampliar e fidelizar públicos interessados na arte contemporânea e de originar uma relação estreita com a comunidade local.



Vitor Hugo Gonçalves Soares

| Museu Militar |
A sua fundação remonta a 1929, (na prevalência do Regimento de Infantaria 10 aqui aquartelado e, posteriormente, o Batalhão de Caçadores 3). Sob o pretexto da recuperação do Castelo e a consequente extinção do Batalhão também o Museu Militar partiu, regressando em 1983 com o acervo original enriquecido por peças de armamento ligeiro desde o séc. XII até à 1ª Guerra Mundial. 

O Museu Militar de Bragança ocupa todo o interior da Torre impondo-se como espaço memória das vivências militares da cidade, porquanto a maioria das peças originais foram doadas pelos habitantes, participantes nas Campanhas de África e 1ª Guerra Mundial.




| Museu do Abade Baçal |

É com D. Aleixo de Miranda Henriques, alguns anos depois da transferência da Sé para Bragança (1764), que o edifício é sujeito a profundas alterações e acrescentos (estruturação da fachada principal, organização do espaço interno e execução do tecto prospéctico da capela desenhada por Cardoso Borges). 
Já antes, com o bispo D. João de Sousa Carvalho - é dele a pedra de armas da fachada -, no fim do seu episcopado (1716-37), se tinham realizado importantes obras. Foi Paço Episcopal até 1912.




| Núcleo Museulógico da CP |

Nos inícios da década de 80, com sede numa das antigas oficinas, abriu ao público uma secção museológica na estação da CP. Hoje, podemos observar duas locomotivas primitivas da linha do Tua, uma das quais inaugurou, em 1906, este términus de linha. A acompanhá-las, visitáveis, temos também duas carruagens da mesma cronologia - finais do século XIX. Além de uma bomba de água com motor a vapor e um quadri- ciclo, encontramos ainda uma série enorme de objectos da especialidade e afins - lanternas variadíssimas, relógios, ferramentas, telefones e fotografias a memorializarem-nos técnicas e efemérides.

| Museu Ibérico da Máscara e do Traje |

Inaugurado em 2007, é um espaço de divulgação das tradições relacionadas com as máscaras do Nordeste Transmontano e da Região de Zamora (parceria entre o Município de Bragança e a Diputación de Zamora – Projecto Máscaras). Local único onde se encontram expostas máscaras, trajes, adereços e objectos feitos por artesãos portugueses e espanhóis e usados nas “Festas de Inverno” em Trás-os-Montes e Alto Douro e em Zamora.




| Centro da Ciência Viva/Casa da Seda |

Edifício que coincide com a localização da antiga central de produção de energia eléctrica, instalada em 1914 em plena Grande Guerra pelo engenheiro francês Lucien Guerche. 



Inaugurado em 2007, é constituído por dois espaços: o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (projecto da arquitecta italiana Giulia Appolonia, com soluções inovadoras de climatização e energia) e a Casa da Seda instalada num antigo moinho recuperado (de entre os vários que fabricavam neste troço do rio Fervença). Espaços lúdicos experimentais, vocacionados para visitas com crianças em idade escolar.

http://www.cm-braganca.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=37043
Vitor Hugo Gonçalves Soares



| Teatro Municipal de Bragança |


O edifício foi inaugurado em 2004 pelo então Primeiro-ministro português Dr.Durão Barroso.
A sua estrutura foi projectada pelo arquitecto português Filipe Oliveira Dias no ano de 2001, sendo já considerado uma das obras referência da arquitectura contemporânea portuguesa e a obra pública de maior expressão na cidade transmontana.  


A forma permitiu o desaparecimento do corpo sobrelevado, contendo a torre de palco, eliminando a leitura da sua presença. O enorme janelão na portaria confere identidade ao edifício público. A escadaria tem uma presença muito forte e constitui, por si só, um convite para ir ao teatro.Todavia, o mesmo aspecto apresenta deficiências flagrantes na acessibilidade, dificultando a entrada de pessoas idosas ou com mobilidade reduzida.muito forte e constitui , por si só, um convite para ir ao teatro. A optimização das condições acústicas, nomeadamente o controlo da  reverberação, é conseguida através da geometria e volume variável da sala, por subida e descida dos caixotes móveis que integram o tecto.Estes são aspectos característicos deste edifício.



Ana Basílio



| Biblioteca Municipal de Bragança |




Biblioteca Municipal de Bragança é um equipamento público, de âmbito cultural, concebido para ser uma porta de acesso ao conhecimento, à informação, à educação e ao lazer.

Este edifício integra, desde 1987, a Rede Nacional de Leitura Pública, coordenada pelo Ministério da Cultura. 

A Biblioteca Municipal esteve localizada no antigo Centro Cultural Bragança de 1998 até Junho de 2004. A recuperação do antigo edifício do Colégio dos Jesuítas deu origem, a 10 de Junho de 2004, às actuais instalações da Biblioteca Municipal de Bragança, em plena zona histórica da cidade e com vista privilegiada do rio Fervença. 







As considerações feitas a propósito do património construído aplicam-se, genericamente, também ao património arqueológico. No entanto, a inserção de uma parte exclusivamente dedicada ao património arqueológico visa, acima de tudo, evitar que o desenvolvimento se realize à custa da destruição das memórias do passado. O património arqueológico constitui uma mensagem viva, das comunidades desaparecidas no tempo, e como tal, a inserção dos valores arqueológicos, como herança cultural, é essencial no âmbito do ordenamento do território.

Os valores arqueológicos materializam-se em ruínas, objectos e fragmentos que jazem no solo. Uma vez daí retirados, embora salvaguardados e constituindo sempre um importante testemunho, perdem grande parte do seu valor enquanto conhecimento para o estudo e para a compreensão da evolução das sociedades humanas, passando apenas a peças de museu. Por este motivo, existe uma preocupação crescente em preservar os lugares onde se sabe, ou suspeita, que existam ruínas ou objectos arqueológicos.




Castelo Torre de Moncorvo



Ana Basílio


Bragança considera o ambiente urbano, a conservação e gestão do património natural e paisagístico do concelho, factores fundamentais na estratégia de desenvolvimento sustentável concelhio. A importância dos espaços verdes no meio urbano como elementos essenciais na qualidade de vida, levou o Município a apostar decisivamente no incremento de espaços verdes, passando de 28653 m2 de espaços verdes em 1998, para 241510 m2 em 2008, valor que permite proporcionar 9,3 m2/hab de espaço verde. 

Este concelho continuou/continua a apostar  na imagem de cidade saudável e amiga do ambiente, iniciando, em Julho de 2004, iniciar o Plano Verde da cidade,  assinando um protocolo de colaboração com o Instituto Politécnico de Bragança, desenvolvendo assim um conjunto de projectos e iniciativas que visam o ambiente urbano e rural, numa aposta por um desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida da população.


Jardim Artur Mirandela
Ana Basílio




| Lenda do Castelo de Bragança ou da Torre da Princesa |

Quando a cidade de Bragança era ainda a aldeia da Benquerença, existia uma princesa bela e órfã que vivia com o seu tio, o senhor do Castelo. A princesa tinha-se apaixonado por um jovem nobre e valoroso, mas pobre, que também a amava, e que tinha partido para procurar fortuna, prometendo só voltar quando se achasse digno de a pedir em casamento. 
Durante muitos anos a princesa recusou todas as propostas de casamento até que o tio resolveu forçá-la a casar-se com um nobre cavaleiro seu amigo. Quando a jovem foi apresentada ao cavaleiro decidiu contar-lhe que o seu coração era do homem por quem esperava há 10 anos, o que encheu de cólera o tio que resolveu vingar-se. 
Nessa noite, o senhor do Castelo disfarçou-se de fantasma e entrando por uma das duas portas dos aposentos da princesa, disse-lhe que esta seria condenada para sempre se não acedesse a casar com o cavaleiro. Quando estava a ponto de a obrigar a jurar por Cristo, a outra porta abriu-se e, apesar de ser de noite, entrou um raio de sol que desmascarou o falso fantasma. 
A partir de então a princesa nunca mais foi obrigada a quebrar a sua promessa e passou a viver recolhida numa torre que ficou para sempre lembrada como a Torre da Princesa. As duas portas ficaram a ser conhecidas pela Porta da Traição e a Porta do Sol.

| Lenda dos Feijões da Madre Garcia |

É habitual em Bragança ouvir-se a expressão "rende como os feijões da Madre Garcia", a propósito da duração de qualquer alimento. A expressão deriva da história de uma freira de apelido Garcia que viveu no Convento de Santa Clara, e morreu com fama de santidade. Esta freira era despenseira e possuía um armazenamento substancial de feijões, que duravam mais que quaisquer outros. Daí nasceu a lenda dos Feijões da Madre Garcia.

Vicente Sampaio



| Jogos Populares |

Bragança tem vários jogos tradicionais, estes, antigamente, faziam parte do dia-a-dia tendo como objectivo o divertimento e treino para os trabalhos ou para as necessidades da vida.
 Praticado assiduamente, temos o jogo do fito jogado maioritariamente por pastores em todas as aldeias. 


Já só em algumas localidades temos o jogo da raiola, o jogo da relha (peça do arado utilizada no trabalho agrícola) e o jogo do ferro que consiste no lançamento de uma barra de ferro cilíndrica.


 Já só nas alturas das festividades temos o jogo da tracção a corda, (obrigatoriamente jogado entre duas equipas) o jogo da corrida de sacos, o qual pode ser jogado individualmente ou por equipas, o jogo do pau ensebado, (exclusivamente jogado pelo sexo masculino) o jogo da paulada ao cântaro (jogado por 5 ou 6 participantes de cada vez) e o jogo do pau, jogo muito antigo que requer boa pontaria e um grande esforço. Começou a jogar-se novamente o jogo do pião praticado intensamente pelos rapazes na primeira metade do século.





| Cortejo de Carnaval |


O cortejo de carnaval realiza-se no primeiro sábado anterior ao dia de Carnaval. É realizado nas principais artérias da cidade de Bragança e assume-se como um cortejo pedagógico-cultural, participado pelo público presente, pelas escolas e colectividades locais e outras provenientes da província de Zamora, possibilitando a interacção com toda a comunidade através da participação de grupos de mascarados das aldeias, alunos de vários níveis de ensino e associações de cariz cultural e etnográfico.


Este cortejo pretende afirmar-se como um agente dinamizador e impulsionador da cultura transmontana ligada aos rituais de Inverno através da máscara. 


http://www.cm-braganca.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=1258
Maria Francisca Sardinha             


| Bienal Mascararte |

A Bienal da Máscara-conhecida como Mascararte- realiza-se no mês de Dezembro em Trás-os-Montes e na Província de Zamora. Pretende dar uma dimensão e um impulso na divulgação das festas tradicionais, promovendo o reforço da identidade e da cultura transmontana e da região vizinha de Zamora, oferecendo espectáculos diversos, como exposições de pintura, escultura, fotografia, representações teatrais alusivas à máscara e ao traje, cortejos e desfile de grupos mascarados.
 Esta celebração tradicional não tem o mesmo sentido cultural e de identidade que em tempos passados, no entanto, representam uma espécie de diálogo entre o passado e o presente permitindo que a Mascararte se afirme como um evento de referência.


http://www.cm-braganca.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=1258
Maria Francisca Sardinha
                        
                                                                                                                        
| Feira do Livro |
A Feira do Livro ocorre sempre no mês de Junho e é conhecido como um evento de referência na cidade Bragança. O objectivo desta feira é o de divulgar as obras de autores locais e ao mesmo tempo dar-lhes a oportunidade para as apresentarem publicamente.


Durante este evento é garantida a presença de escritores consagrados a nível nacional e até internacional, no qual prestigia o evento e confere ao povo da região uma excelente oportunidade para um contacto mais próximo com os seus escritores de eleição.


http://www.cm-braganca.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=1258
Maria Francisca Sardinha
                                                                                                                              

| Festa da História |

A Festa da História realiza-se nos dias 15,16 e 17 de Agosto na cidade de Bragança. Durante estes 3 dias é feito um convite para uma viagem ao passado, vivendo momentos dos nossos antepassados.
São 3 dias de festa, demonstração de antigos ofícios e espectáculos em torno de costumes, vestuários mágicos, damas, cavaleiros, malabaristas, trovadores, essências no ar, magia e fogo.
Esta festa tem como objectivo dar expressão à riqueza histórica e patrimonial da cidade.


http://www.cm-braganca.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=1258
Maria Francisca Sardinha






Antes da industrialização apenas o trabalho artesanal preenchia as necessidades dos habitantes de bragança e embora alguns materiais novos tenham vindo a aparecer não se perdeu os saberes em relação ao artesanato. Mantêm-se ainda disponíveis os recursos naturais da localidade como as fibras vegetais e animais, as peles e a madeira.
Este artesanato produzido em algumas aldeias é útil e funcional mas também são feitas peças ligadas a decoração e as festividades. Quando alguns destes objectos precisam de manutenção recorrem a forja (casebre nocturno) mas devido ao seu pouco uso já estão extintas e os artesãos que trabalhavam nestas casas substituíram-nas por oficinas maiores e mais modernizadas. Também havia o latoeiro que agora estão praticamente extintos, estes moldavam chapas e produziam alambiques e caldeiras, usadas na confecção de doces e enchidos ou como tachos de uso quotidiano.


Os trabalhos em madeira também foram fundamentais nestas comunidades. Construíam-se carros de bois em várias aldeias e peças de uso doméstico. Hoje, ainda há quem saiba construir um carro de bois mas apenas o fazem, excepcionalmente, sob pedido.




A cestaria, em muitas aldeias, ainda se mantêm como tradição. É uma actividade essencialmente feminina.


As culturas de trigo do serôdio forneciam a palha usada na produção de escrinhos, isto é, cestos de tamanhos diversos usados, sobretudo, para guardar o pão cozido, o farelo, ou até para levedar a massa do pão antes da cozedura.
Também é costume os trabalhos em vime. Estes são apanhados no final do Verão e, antes de serem postos a secar podem ser, ou não, descascados, consoante a cor que se queira obter. Para uso nos trabalhos agrícolas fazem-se grandes cestos de boca larga, de aspecto mais grosseiro e pesado, designados por coleiros, no entanto os açafates são, geralmente, mais finos, com dimensões mais reduzidas, destinando-se a usos domésticos ou a conter objectos de costura.

O trabalho artesanal feminino estende-se ainda à tecelagem. Desde a antiguidade que a transformação da lã e do linho tem uma grande relevância. O linho da região assumiu notoriedade no Império Romano, sendo bastante apreciado em Roma, onde era utilizado na execução de redes de caça, e manteve-se presente no quotidiano das populações até à actualidade. Longo e moroso é o tratamento dado ao linho após a colheita.
   Um outro recurso bastante usado na produção têxtil é a lã. Faz-se a tosquia dos rebanhos geralmente nos inícios ou meados da Primavera, sendo a lã enrolado em feixe e arrecadado sujo até ter serventia. A lã para ser utilizada tinha de ser amolecida em água quente. Os tecidos de linho e lã têm várias aplicações ligadas ao vestuário, de trabalho e de lazer, e aos usos domésticos. As produções podem apresentar a cor natural dos materiais usados ou ser tingidas com colorantes naturais ou, independentemente disto, serem decoradas através do bordado de desenhos geométricos e naturalistas.


http://www.cm-braganca.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=8801
http://www.cm-braganca.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=2833
Ana Pereira





A gastronomia do concelho de Bragança caracteriza-se, quer pela elevada qualidade dos produtos que utiliza, quer pela simplicidade dos processos de elaboração.
Esta assenta essencialmente nos enchidos regionais: encontram-se o presunto, as alheiras, o salpicão e o butelo, entre outros; são assim expostos ao fumo para a conservação dos mesmos, a fim de lhes atribuir características únicas, para uma boa apreciação por parte dos consumidores.
Esta actividade toma o nome de fumeiro.



Como um alimento típico, existe também o Folar, pão de ovos recheado de enchidos. Este surge nas ocasiões de festas Pascais. 

A posta mirandesa, o cabrito de Montesinho, o cozido e a feijoada à transmontana, os ovos doces, o bolo de mel, as rosquilhas e as súplicas, são também pratos característicos deste concelho.




Curiosidade: Butelo com Casúlas, é um prato típico no domingo de Carnaval, em Bragança.

http://www.cm-braganca.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=62
Ana Basílio






(nova informação brevemente)