Aveiro














NORTE DE AVEIRO


Na actual divisão principal do país, o distrito de Aveiro encontra-se dividido entre a Região Norte e a Região Centro. Pertencem à Região Norte os concelhos da sub-região de Entre Douro e Vouga, Arouca, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Vale de Cambra, pertence à sub-região do Tâmega  temos Castelo de Paiva Espinho pertence à sub-região do Grande Porto.





Pedro Castro.
Espinho

Espinho é cidade famosa pela sua centenária feira, gastronomia, várias possibilidades nas áreas do turismo e lazer, e pelo seu Casino Solverde.
 A feira centenária é a maior feira semanal do país (e possivelmente da península ibérica), realizando-se todas as segundas-feiras, exceptuando alterações devidas a feriados. A realização da feira ocupa uma grande extensão da Avenida 24, desde o centro da cidade à freguesia de Silvalde, podendo-se aí encontrar uma grande variedade de produtos. São bem característicos da feira de Espinho a venda dos legumes e frutos de pequenos agricultores da zona, a venda do peixe pelas vareiras e comércio dos ciganos, a que se juntam os tradicionais pregões.




Verónica Caseiro




O fabrico de calçado em S. João da Madeira começou em 1483 e foi registado em documento nessa mesma época e até 1900 conhecia se a produção de sapatos como fabrico caseiro, tornando o processo demoroso e minucioso.
“Sapataria da Moda” foi a primeira fábrica de calçado e surgiu por volta do ano 1833, cujo proprietário era Gaspar de Almeida Pinho e mais tarde em 1905 surge outra pertencente a Vitorino Tavares Lisboa. Assim sendo em 1910, no concelho de Oliveira de Azeméis do qual S. João da Madeira fazia parte, existiam quatro oficinas. 
O desenvolvimento do calçado continuou a um ritmo acelerado, em parte devido ao pouco investimento.

Atualmente na freguesia do concelho de Aveiro existem inúmeras fábricas de calçado e componentes para calçado, sendo assim conhecida como a “Capital do Calçado”, designação registada no Instituto Nacional de Marcas.

A larga experiência e qualidade do fabrico de S. João da Madeira fez com que a cidade se tornasse tão prestigiada a nível nacional e internacional e ocupa se uma importante posição a nível de exportações. 


Zarco Calçado




Marta Alves






"Tradição de mão em mão, em Arouca"



A variedade e qualidade da doçaria conventual e regional de Arouca são hoje recurso de grande valia e fonte inestimável de riqueza para o Concelho. O mosteiro e as suas freiras legaram-nos, nesse domínio, um património riquíssimo, que continua a ser transmitido de mãos em mãos, de geração em geração, mantendo-se o segredo da sua confecção nas poucas famílias que a ele tiveram acesso. As castanhas doces, as morcelas, o pão de S. Bernardo, as barrigas de freira, o manjar de língua, as roscas e os charutos de amêndoa, o pão de ló, os melindres, são apenas algumas das variedades da doçaria arouquense que, semana a semana, 

atraem tantos visitantes ao concelho.


Verónica Caseiro

Corais polifónicos


Os corais polifónicos da região de Arouca não são fáceis de descrever. Falam de coisas simples e têm uma solenidade que ultrapassa qualquer singeleza lírica. São cantos antiquíssimos que foram guardados, sobretudo, entre as mulheres. É a voz feminina que povoa todas as palavras e faz, da mais simples quadra, uma declaração solene de uma beleza pouco explicável. É como que todo um tempo se condensasse nas gargantas das cantadeiras; é o manto das gerações que as cobre e faz tornar sublime o que parece vulgar e aparente.





http://cemoldes.aroucanet.com/historia.php

Verónica Caseiro




Santa Maria da Feira


Festa das Fogaceiras 

Cortejo Cívico, Santa Maria da Feira
A Festa das Fogaceiras teve origem num voto ao mártir S. Sebastião, em 1505, altura em que a região foi assolada por um surto de peste que dizimou parte da população. Em troca de protecção, o povo prometeu ao santo a oferta de um pão doce chamado fogaça.
S. Sebastião, que segundo a lenda padeceu de todos os sofrimentos aquando do seu martírio em nome da fé cristã, tornou-se, assim, o santo padroeiro de todo o condado da Feira.
No cumprimento do voto, os ofertantes incorporavam-se numa procissão que saía do Paço dos Condes e seguia pela Igreja do Convento do Espírito Santo (Lóios), onde eram benzidas as fogaças, divididas em fatias, posteriormente repartidas pelo povo. Assim nasceu a Festa das Fogaceiras.
Cumprida em cada dia 20 de Janeiro, esta promessa constitui uma referência histórica e cultural para as Terras de Santa Maria.
A Festa das Fogaceiras chegou até aos nossos dias com dois traços essenciais: a realização da missa solene, com sermão, precedida da bênção das fogaças, celebrada na Igreja Matriz, e a procissão, que sai da Igreja Matriz, percorrendo algumas ruas da cidade.







Feira Medieval de Santa Maria da Feira 

A Viagem Medieval (VM) é o maior evento de recriação histórica medieval do País. Realiza-se, anualmente, durante dez dias consecutivos, no centro histórico da cidade de Santa Maria da Feira, atraindo diariamente 50 mil visitantes.
Com características únicas no país, este projecto diferencia-se pelo rigor histórico, dimensão (espacial e temporal) e envolvimento da população e associativismo local, reforçando uma vasta equipa de mais de mil pessoas de diversas áreas, das quais 250 em regime de voluntariado.
Centrada na recriação de episódios e acontecimentos que marcaram a História local e nacional da Idade Média, a VM começou por realizar-se no Castelo, mas rapidamente se expandiu para todo o centro histórico e zona envolvente, ocupando actualmente uma área de 40 hectares.
Verónica Caseiro

Turismo de Arouca


Museu da Arte Sacra no Mosteiro de Arouca (  Foi fundado na primeira metade do século X, como um pequeno mosteiro habitado por uma comunidade religiosa sob a invocação de São Bento de Núrsia.)




Frecha da Mizarela Além da imponência paisagística e relevância geomorfológica, a cascata habitualmente está rodeada por uma vegetação natural relativamente bem preservada que urge conhecer, valorizar e conservar.)


Verónica Caseiro





SANTA MARIA DA FEIRA 

História

A Terra de Santa Maria, situada no cruzamento dos eixos Norte-Sul e Litoral-Interior dispõe de um posicionamento geográfico que, desde épocas remotas, fez desta região local de encontro e de passagem de muitos povos. Comprovam-no a existência das vias romanas que ligavam Lisboa a Braga (marco milenário encontrado em Ul) e o Porto a Viseu. Estas vias de comunicação continuaram a ser utilizadas durante toda a Idade Media e até ao século passado.
Após a reconquista, com base na antiga divisão administrativa dos conventos, três pólos de desenvolvimento se evidenciaram na região: O Mosteiro de Cucujães, o Mosteiro de Arouca e o Castelo da Feira.
O Castelo da Feira, sendo um local de pagamento de tributo era local privilegiado de comércio de produtos vários, pelo que em seu redor se foi instalando a população, dando origem à actual cidade de Santa Maria da Feira.
O povoamento da Terra de Santa Maria é já muito antigo, como o atestam a presença de vários monumentos funerários (mamoas), que remontam ao IV-V milénio antes de Cristo, bem como castros (povoações fortificadas) pré-romanos ou romanizados. O império trouxe as vias romanas, por necessidades militares ou comerciais e são ainda visíveis vários traços de vias e pontes dessa época, muitos dos quais ainda bem conservados.
Da Idade Média ficaram-nos testemunhos da arquitectura militar, de que o Castelo da Feira será o mais imponente e representativo. Mas é na arquitectura religiosa que a monumentalidade atinge a sua máxima expressão: conventos, igrejas e cruzeiros — do românico ao barroco — são muitas vezes o espelho do passar do tempo, através de intervenções sofridas em épocas variadas.
Até à sua elevação a cidade em 14 de Agosto de 1985, era conhecida como Vila da Feira.
É aqui, mais concretamente na freguesia de Espargo, que se localiza o maior e mais moderno centro de congressos do país, o Europarque, e um centro de ciência, o Visionarium, ambos pertencentes à Associação Empresarial de Portugal. Prepara-se neste momento o projecto de ampliação do Europarque, com vista à recepção de vários serviços na zona envolvente ao actual complexo.

Locais de Interesse

§  Carvoeiro - Canedo
§  Guimbras
§  Zoo de Lourosa - Parque Ornitológico Municipal

Museus

§  Visionarium - Centro de Ciência do Europarque
§  Museu Convento dos Lóios - Museu Municipal
§  Museu da Indústria da Cortiça - Lourosa (em projecto)
§  Museu do Papel - Paços de Brandão
CULTURA
Santa Maria da Feira afirma-se no panorama cultural nacional à custa de uma vasta e diversificada programação que vai desde a programação de espaços como o Cine Teatro António Lamoso e o Europarque, até aos eventos de rua, que levam muitos a consideram a Feira como a capital nacional das Artes de Rua. Para reforçar esta componente, prepara-se a instalação do Centro de Artes de Rua 7 Sóis 7 Luas nas antigas instalações do Matadouro Municipal.
Ao longo de todo o ano, vários eventos levam mais longe o nome da cidade e da região:
§  Festa das Fogaceiras - 20 Janeiro
§  Rock.VFR - Março
§  Rocktarackt - Concurso de Música Moderna - Março
§  Semana Santa
§  Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua - Maio
§  ENE - Educação, Negócios e Emprego
§  Eurozone e Worldzone - Fun Parks temáticos dos campeonatos da Europa e do Mundo de Futebol
§  Viajar no Tempo Rumo à Viagem Medieval
§  Festa Europeia da Música - 21 Junho
§  Festival da Juventude - Setembro
§  Festival Internacional de Cinema Jovem
§  Terra dos Sonhos - Dezembro
§  Festas em honra de S. Cipriano e Senhos dos Desamparados ( Festas dos Arcos) - 1º Fim de Semana de Agosto em Paços de Brandão
Termas

Termas das Caldas de São Jorge
ESPINHO
História
Na origem de Espinho está um grupo de pescadores que aí se estabeleceram pela grande abundância de peixe, pernoitando em abrigos improvisados, muitas vezes utilizando as próprias embarcações viradas ao contrário.
Já em tempos do domínio romano na região existia um castro, o chamado Castro de Ovil, povoação referenciada pela primeira vez num documento de 1013, que assentava numa pequena colina de forma circular rodeada por um fosso a Norte e Nascente e por uma ribeira a Sul e Poente, que actualmente se encontra na Freguesia de Paramos.
A devoção religiosa das gentes da região edificou ao longo dos séculos belos monumentos espalhados por Espinho e arredores. A Igreja Matriz dedicada a N.ª Senhora da Ajuda é exemplo disso; construída em 1920 e segue o estilo Neo-Romântico da segunda metade de Oitocentos.
Espinho é cidade famosa pela sua centenária feira, gastronomia, várias possibilidades nas áreas do turismo e lazer, e pelo seu Casino Solverde.
Fonte: Agenda Cultural de Espinho (2004)
O concelho foi criado em 1899 por desmembramento de Santa Maria da Feira.
Eventos
§  Feira semanal: É a maior feira semanal do país (e possivelmente da península ibérica), realizando-se todas as segundas-feiras, exceptuando alterações devidas a feriados. A realização da feira ocupa uma grande extensão da Avenida 24, desde o centro da cidade à freguesia de Silvalde, podendo-se aí encontrar uma grande variedade de produtos. São bem característicos da feira de Espinho a venda dos legumes e frutos de pequenos agricultores da zona, a venda do peixe pelas vareiras e o comércio dos ciganos, a que se juntam os tradicionais pregões.
§  CINANIMA : Festival Internacional de Cinema de Animação tem lugar todos os anos em Espinho, normalmente no mês de Novembro. O CINANIMA é um importante festival do cinema de animação a nível mundial. É organizado pela Cooperativa de Acção Cultural Nascente e pela Câmara Municipal de Espinho.
§  Festival de Música de Espinho: Criado em 1974, este festival de música clássica é organizado anualmente pela Academia de Música de Espinho com o apoio da Câmara Municipal.
§  Auditório de Espinho: Sala de concertos, teatro e dança e novo circo que faz parte da Academia de Espinho. Com uma programação mensal que aposta na variedade, inovação e qualidade. O AdE pretende assegurar anualmente uma produção cultural regular, que assente em produções próprias, co-produções e acolhimentos nos domínios musical, teatral, da dança e novo circo.
  • Centro Multimeios de Espinho: Variados eventos culturais têm lugar no Centro Multimeios de Espinho, incluindo o CINANIMA, assim como outras iniciativas do concelho. As pessoas interessadas em astronomia poderão assistir sessões no planetário, visitar a cosmoteca (biblioteca de astronomia) e participar em observações astronómicas que ocorrem regularmente.
  • Etapas dos circuitos mundiais de Surf e Vólei de Praia acontecem no Verão.
  • Festas populares: São João, São Pedro, São Martinho, Nossa Sra. do Mar, Nossa Sra. das Dores, Nossa Senhora da Ajuda).
  • Encontro de Homens-Estátua: Anualmente realiza-se no parque da cidade um dos maiores eventos deste tipo na Europa.

Pedro Castro.